sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hafiz - Três Poemas


A lembrança mergulha a taça em Seu luminoso poço do céu.



Frequentemente a mente fica atormentada e consegue negar


A beleza toda-penetrante de Deus.



Quando o grande trabalho da lembrança é esquecido.



Acorrentei cada um de meus átomos dançantes


A um assento divino na Taberna do Amado.



O que aprendi estou tão ávido para compartilhar:



Todo mal vai confessar que era apenas uma mentira


Quando os dourados esforços do seu amor


Levarem o vinho precioso até sua boca.



A Lembrança de nosso querido Amigo


Afunda o cálice da alma em Deus.



Veja, meus doces esforços e Sua Graça Sublime


Transformaram agora a Criação em um único dedo de minha mão


E das vastas reservas em meu coração e em minhas palmas



Hafiz oferece Deus


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Foi lindo, foi tão lindo uma noite


Em que todos nós começamos a esperar ouvir


Deus falar.



Nas ondas que fluíam na direção dos campos do moinho,


Das bocas dos ornamentos do céu dependurados


Murmurando em códigos da luz,


De um lampejo das plantas e das crianças brincando com amor radiante.



A existência era tão linda uma noite


Que começamos todos a esperar que nosso Amado falasse



No mais elevado dos sentidos de nossas asas


Que estavam aturdidos tentando compreender o divino


Através desses pequenos filtros orgânicos,


Que estavam aturdidos ao ter um lampejo da realidade


Dos milhares de componentes milagrosos


A cada momento e a cada passo.



Mas não podemos,


Ainda não podemos ouvir Deus sibilando internamente,


Por isso choramos.


E iremos chorar todos de alguma forma,

até que consigamos.


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Há tantas posições de Amor:



Cada curva num galho,


As milhares de maneiras diferentes que


Seus olhos podem nos abraçar,


As infinitas formas que sua mente pode desenhar,


A orquestra de essências da primavera,


As correntes de luz em combustão


Como lábios apaixonados,


O rodar da saia da Existência


Cujas pregas contém outros mundos,



Cada suspiro seu que vai de encontro ao


Inconcebível Corpo Onipresente Dele.