Você é mais lindo que a alma,
mais útil que os olhos, o que quer que eu
tenha visto em mim mesmo, eu não conseguia ver.
Você viu. Você me escolheu. Digo este
poema para honrar essa escolha. Eu escolho
deitar num caixão em chamas!
Pergunto aos meus olhos: "Por que vocês vagueiam?" Pergunto
para minhas costas: "por que se curvam?" Pergunto a minha alma:
"Por que você usa sapatos de ferro no caminho?"
Também pergunto a minha alma se ela encontrou outro
como você ou se escutou sobre tal coisa em
alguma linguagem. Você é o sol dissolvendo
nuvens carregadas, a fragrância do campo,
José adentrando nesta sala. Descascando
laranjas, vimos você e cortamos nossas mãos.
Sem tocar o chão, você desenha uma linha.
Nós seguimos esse caminho. Você é por que
e onde nós vamos e o que fazemos lá.
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