terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Shri Sadguru Upasni Maharaj - 'Sat-Chit-Ananda' (existência-consciência-graça)

Todos os objetos que são vistos no mundo, falando realmente, são não-existentes. Eles são transformações da própria mente da pessoa. Isso é o siddhanta. Quando podem os objetos do mundo não serem experimentados? Eles não serão experimentados apenas quando a própria mente da pessoa, que transforma a si mesma naqueles objetos, tornar-se não–existente. No caso da pessoa que atinge esse estado de não-mente, a mente não se transforma em objetos, para tal pessoa o mundo torna-se não-existente.
Se todas as pessoas do mundo atingissem esse estado, então o mundo todo se tornaria completamente não-existente. Todos então permaneceriam num estado de graça infinita e se fundiriam naquele Um sem forma. Eu mesmo estou neste estado. Quando estou neste estado, oposto àquele do mundo, eu me torno um e sigo apreciando aquela pura, singular e infinita graça. Experimento a mim mesmo como permeando tudo, formando tudo. Quando nenhum objeto é visto, então em frente aos olhos outra escuridão é experimentada.
É essa escuridão que traz à tona toda a criação. Essa escuridão que foi chamada de Adi Maya, Adi Shakti, ou o Prakriti primordial.
Quando a mente se torna completamente estável então o mundo não é visto; todos os pensamentos sobre qualquer coisa no mundo e do mundo automaticamente cessam.
Naturalmente o prazer e a dor provenientes das coisas do mundo, e consequentemente o corpo que os sofre, tornam-se não-existentes. Isso significa que a causa raiz de tudo isso se funde no próprio ser da pessoa, e com isso o que permanece é o Ser apenas, nosso Ser sem nenhuma forma ou sentimento.
É para experimentar nosso próprio estado real que temos de nos evoluir na forma do mundo e experimentar o mundo. E, portanto, torna-se essencial experimentar o mundo primeiro e depois experimentar nosso próprio estado real. Nosso Ser original não tinha nenhuma experiência de nós mesmos, mesmo sendo Sat-chit-ananda (existência-consciência-graça). Nós mesmos somos auto-iluminados e nossa natureza real é de infinita graça sem limites. E é isso que experimentamos, é isso o que nos tornamos.
No sono profundo o mundo todo submerge no próprio Ser, e ao acordar podemos novamente ver nosso corpo e o mundo. O estado de graça sem fim lembra o sono profundo, mas difere em um ponto; durante o sono profundo o homem não está consciente de nada, enquanto que nesse estado ele está consciente daquela graça infinita.
Estou explicando para vocês o que estou realmente experimentando. Aqueles que estão qualificados ao escutarem esse discurso irão se beneficiar. Eles experimentarão que suas mentes estão sendo purificadas gradualmente, permitindo assim que se qualifiquem para aquela graça infinita.

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